segunda-feira, 4 de junho de 2012

Sinopse do conto "Teoria do Medalhão" de Machado de Assis

No conto “Teoria do Medalhão”, escrito por Machado de Assis e que faz parte do livro Papéis Avulsos, encontramos o diálogo após o jantar de comemoração dos 21 anos do filho nascido em 05 de agosto de 1854, ou seja, o dia da maioridade, do filho. A conversa começa as 11 horas. O pai pede para o filho deixar de denguices e fechar a porta para que tenham uma conversa sincera na qual falará de coisas importantes, então começa a elaborar as possibilidades do filho, nelas ele coloca algumas apólices, um diploma, e com isso o filho Janjão pode entrar no parlamento, na magistratura, na imprensa, na lavoura, na indústria, no comércio, nas letras ou nas artes. Mostrando as carreiras que ele poderá seguir. Mas enfatiza que, qualquer que seja a profissão da escolha do filho, o pai deseja que ele se faça grande e ilustre, ou pelo menos notável, que se levantes acima da obscuridade comum. O filho concorda com as acepções do pai e questiona que tipo de profissão ele aconselha. Sendo assim é aconselhado a ser medalhão, que teria sido o desejo do pai na mocidade e que não teve quem lhe orientasse e vai depositar no filho a esperança que este consiga. Janjão terá que conter os improvisos da idade para que quando chegar aos 45 anos possa entrar no regime do aprumo e do compasso. Ele questiona do pai porquê a idade de 45 anos, que lhe explica que o verdadeiro medalhão começa a manifestar-se entre os 45 e 50 anos, alguns exemplos se dão entre os 55 e os 60; mas estes são raros. Há também de os 45, e outros mais precoces, de 35 e de 30; não são, todavia, vulgares. Diz não falar dos de 20 e 25, porque os mais jovens é um privilégio do gênio. Mas para ser medalhão deve-se ter cuidado com as idéias e o melhor é não tê-las, e se tivê-las é melhor escondê-las até a morte, o que não é exercício fácil, mas o filho é pobre de idéias e serve para o ofício. Se com a idade, surgirem idéias próprias, há meios para aparelhar o espírito e livrar-se delas e assim, enumera alguns desses meios para que seja possível brilhar. O filho questiona a expressão corporal necessária a certas profissões e o pai lhe responde que são necessárias e uma das posturas consiste de não andar sozinho, pois a solidão é a oficina das idéias, mesclamdo-se a multidão dissipa-se as idéias. Deve-se freqüentar bibliotecas de quando em quando para falar dos boatos do dia, da anedota da semana, de um contrabando, de uma calúnia, de um cometa, de qualquer coisa, ou interrogar os leitores habituais das belas crônicas de Mazade; o resultado disso será a estima de 75% dos cavalheiros que irão repetir as mesmas opiniões monótonas, o que é saudável, pois em no máximo 2 anos se reduz as idéias ao equilíbrio comum, você se torna capaz de pensar o pensado. Será necessário apenas sugerir uma hipótese poupando os outros ao seu discurso prolixo. A profissão parece difícil ao filho, mas o pai alega que ainda não terminou, o medalhão não precisar pensar, basta realizar um jantar para os concidadãos e fazer seu nome aparecer em todos os lugares, não tomando nenhum partido e agradando a todos e será benquisto em todos os lugares, independente da filiação política ou do grupo a que pertençam, basta adotar discursos metafísicos e que não sejam invejáveis, nem originais, podendo empregar o riso, mas um riso misterioso e sem ironia, concluindo assim na hora da meia-noite a conversa e mandado o filho refletir sobre tudo. Fonte: http://pt.shvoong.com/books/novel-novella/1675307-teoria-medalh%C3%A3o/#ixzz1wqts10bU

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Animação do conto "Entre Santos" de Machado de Assis